Segundo Lévy o virtual é algo que potencialmente pode vir a ser. Para exemplificar ele diz que uma semente é uma árvore em potencial. Assim ele nos mostra que diferente do que muitas pessoas pensam o virtual não é oposto ao real ainda que sendo imaterial. Graças a virtualização, processo que transforma as informações em linguagem matemática binária, linguagem de computador, foi possível a consolidação da cibercultura.
André Lemos, professor da Universidade Federal da Bahia é um dos principais teóricos do tema no Brasil. Segundo ele a cibercultura nasce nos anos 50, com a informática e a cibernética, tornando-se popular através dos microcomputadores na década de 70, consolidando-se completamente nos anos 80 através da informática de massa e nos 90 com o surgimento das tecnologias digitais e a popularização da Internet.
A cibercultura é a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informatização/telecomunicação na década de 1970. Trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea (Lemos, 2002).
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sábado, 25 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Caro educador, você já parou para pensar nisso?
Fui apresentada recentemente a um vídeo do You Tube muito legal que nos faz refletir.Após assisti-lo mande seus comentários para que possamos estabelecer um diálogo. Aceita? Então assista!
http://www.youtube.com/watch?v=dGCJ46vyR9o&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=dGCJ46vyR9o&feature=related
sábado, 18 de setembro de 2010
Encontro sobre rádio
Tivemos hoje um encontro no auditório da FACED sobre rádio. Tivemos o diretor da rádio educadora de Salvador, uma coordenadora da ONG Cipó e uma coordenadora do Mais Educação (programa de atividades em turno oposto na escola) que produz nas escolas públicas estaduais programas de rádio.
Achei muito boa a apresentação da professora estadual com boa dicção e capacidade de manter a atenção do público enquanto que oralmente a representante do Cipó teve uma apresentação um pouco mais apática. Minha surpresa foi que a exposição das produções foi inversamente cativante. O produto final do Mais Educação era fechado, "quadrado", "didático" enquanto que a produção do Cipó era mais livre, criativa, autônoma e com a cara do GEC.
O diretor do IRDEB entrou num ponto importante quando falou que tanto as TVs e os rádios são concessões públicas com prazo de 15 anos para renovar ou não tal concessão e o que vemos no cenário brasileiro é um desreipeito com a Constituição e o não cumprimento das contra-partidas exigidas para ter a concessão. Por serem concessões as emissoras tem por obrigação oferecer em sua grade programação de qualidade e com caráter educativo. Porém, os poucos programas com esta estrutura são exibidos em horários inadequadossendo reservado aos horários nobres programação estrita comercial.
Caso queira se inteirar um pouco mais sobre nossa legislação e as concessãoes de rádio e TV leia o artigo A legislação sobre as concessões na Radiodifusão de Anita Simis.
Achei muito boa a apresentação da professora estadual com boa dicção e capacidade de manter a atenção do público enquanto que oralmente a representante do Cipó teve uma apresentação um pouco mais apática. Minha surpresa foi que a exposição das produções foi inversamente cativante. O produto final do Mais Educação era fechado, "quadrado", "didático" enquanto que a produção do Cipó era mais livre, criativa, autônoma e com a cara do GEC.
O diretor do IRDEB entrou num ponto importante quando falou que tanto as TVs e os rádios são concessões públicas com prazo de 15 anos para renovar ou não tal concessão e o que vemos no cenário brasileiro é um desreipeito com a Constituição e o não cumprimento das contra-partidas exigidas para ter a concessão. Por serem concessões as emissoras tem por obrigação oferecer em sua grade programação de qualidade e com caráter educativo. Porém, os poucos programas com esta estrutura são exibidos em horários inadequadossendo reservado aos horários nobres programação estrita comercial.
Caso queira se inteirar um pouco mais sobre nossa legislação e as concessãoes de rádio e TV leia o artigo A legislação sobre as concessões na Radiodifusão de Anita Simis.
Ser ou não ser tutor, eis a questão!
Aconteceu ontem no auditório do PAF I o fórum sobre docência on-line. A mesa foi composta pela Prof. Edméia (UFRJ) e a Prof. Ana Maria (PUC) que falaram sobre suas experências em docência on-line.
Dois pontos me chamaram a atenção. A diferença entre ensino à distância e ensino on-line e a problemática que envolve os tutores atualmente.
Muitas vezes tendemos a achar que ensino à distância e ensino on-line são sinônimos mas pode-se ter ensino on-line presencial (alunos em sala, ou laboratório conectados numa atividade intencional) e ensino à distância usando recursos como livros, apostilas e não obrigatoriamente computadores.
O segundo ponto é a situação legal dos tutores. Segundo a prof. Edméia os tutores deveriam ser pessoas que estivessem fazendo pesquisa (mestrado, doutorado) e que a tutoria serviria para que essas pessoas tivessem uma vivência prática com a área estudada. Assim ela teria um tempo determinado (máximo de 2 anos) sem qualquer vínculo empregatício, sem direitos trabalhistas e recebendo um auxílio financeiro muito aquém das responsabilidades que lhes cabe. Porém, o que se vê na prática atualmente são profissionais que permanecem por mais de 2 anos atuando em tutoria sem qualquer direito trabalhista. Segundo Edméia o problema do tutor é legislativo e não semântico. Para ela tutor e professor são a mesma coisa porém não existe uma profissão de tutor o que legalmente nega a esse profissional qualquer direito trabalhista.
Dois pontos me chamaram a atenção. A diferença entre ensino à distância e ensino on-line e a problemática que envolve os tutores atualmente.
Muitas vezes tendemos a achar que ensino à distância e ensino on-line são sinônimos mas pode-se ter ensino on-line presencial (alunos em sala, ou laboratório conectados numa atividade intencional) e ensino à distância usando recursos como livros, apostilas e não obrigatoriamente computadores.
O segundo ponto é a situação legal dos tutores. Segundo a prof. Edméia os tutores deveriam ser pessoas que estivessem fazendo pesquisa (mestrado, doutorado) e que a tutoria serviria para que essas pessoas tivessem uma vivência prática com a área estudada. Assim ela teria um tempo determinado (máximo de 2 anos) sem qualquer vínculo empregatício, sem direitos trabalhistas e recebendo um auxílio financeiro muito aquém das responsabilidades que lhes cabe. Porém, o que se vê na prática atualmente são profissionais que permanecem por mais de 2 anos atuando em tutoria sem qualquer direito trabalhista. Segundo Edméia o problema do tutor é legislativo e não semântico. Para ela tutor e professor são a mesma coisa porém não existe uma profissão de tutor o que legalmente nega a esse profissional qualquer direito trabalhista.
sábado, 11 de setembro de 2010
Hora do Conto!
Hoje enquanto vinha para a aula na FACED me deparei com uma situação que muitos que não utilizam dos meios de transporte coletivos não conhecem. Assim, achei viável trazer para nossa discussão um pouquinho do dia-a-dia de grande parte da população soteropolitana quiça, brasileira.
Todos devem lembrar do quanto foi maravilhoso a incorporação do rádio no celular e de como melhorou a nossa viagem para casa embalada pelo som das músicas de nossa preferência. Para isso bastava apenas que conectássemos um fone ao aparelho celular e aproveitássemos a viagem (como mora em Pirajá costumo levar quase 2 horas para chegar em casa saindo da FACED).
Porém o celular evoluiu e não é mas necessário que conectemos um fone tornando a escuta do som algo coletivo. O problema é: se cada um pode ouvir no seu celular o que mais lhe agrada, se temos um percentual enorme de pessoas que possuem celular e que utilizam dos meios de transporte coletivo para se locomoverem... temos uma verdadeira poluição sonora nos coletivos e uma total falta de respeito com o direito do outro de não ouvir aquilo que não quer.
O exemplo de hoje foi hilário! Eu tinha do meu lado esquerdo alguém ouvindo pagode baiano e do meu lado direito alguém ouvindo música Gospel. E eu, entre os dois, tentava entender a letra de cada música.
Todos devem lembrar do quanto foi maravilhoso a incorporação do rádio no celular e de como melhorou a nossa viagem para casa embalada pelo som das músicas de nossa preferência. Para isso bastava apenas que conectássemos um fone ao aparelho celular e aproveitássemos a viagem (como mora em Pirajá costumo levar quase 2 horas para chegar em casa saindo da FACED).
Porém o celular evoluiu e não é mas necessário que conectemos um fone tornando a escuta do som algo coletivo. O problema é: se cada um pode ouvir no seu celular o que mais lhe agrada, se temos um percentual enorme de pessoas que possuem celular e que utilizam dos meios de transporte coletivo para se locomoverem... temos uma verdadeira poluição sonora nos coletivos e uma total falta de respeito com o direito do outro de não ouvir aquilo que não quer.
O exemplo de hoje foi hilário! Eu tinha do meu lado esquerdo alguém ouvindo pagode baiano e do meu lado direito alguém ouvindo música Gospel. E eu, entre os dois, tentava entender a letra de cada música.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Impressões da aula
Na última sexta-feira atrapalhei-me nos horários e fui parar na FACED mas não tinha aula para o meu módulo. O que poderia ter sido um problema virou um presente. Felizmente decidi não voltar para casa e fui assistir aula do professor Edvaldo Couto. A aula foi maravilhosa e entre outros assuntos discutimos sobre como o uso dos computadores em tempo real mexerá com a vida dos professores e concluímos que essa prática fará com que o professor reflita e modifique sue conceito de atenção por parte dos alunos. Uma vez o computador conectado na mão de cada aluno em sala será possível confrontar o que o "mestre" está falando em tempo real. O professor não mais transmitirá informações mas articulará estas para a construção de conhecimento.
Também foi discutido a transformação dos corpos para potencializar as atividades do dia-a-dia. Segundo ele estamos caminhando para uma sociedade de "Cyborgs". Aqui, cyborg é entendido como modificações no corpo através de advento tecnológico para potencializar ou "corrigir" algumas ações. A exemplo disso falou-se das lentes de contato que acoplam-se aos nossos olhos não deixando que os outros percebam que estamos fazendo uso de tecnologia para corrigir uma deficiência visual.
Também foi discutido a transformação dos corpos para potencializar as atividades do dia-a-dia. Segundo ele estamos caminhando para uma sociedade de "Cyborgs". Aqui, cyborg é entendido como modificações no corpo através de advento tecnológico para potencializar ou "corrigir" algumas ações. A exemplo disso falou-se das lentes de contato que acoplam-se aos nossos olhos não deixando que os outros percebam que estamos fazendo uso de tecnologia para corrigir uma deficiência visual.
A partir daí ficamos pensando em quanto de tecnologia temos no nosso dia-a-dia: iogurte modificado para regular intestino, ovo rico em ômega3, próteses de silicone para seios, próteses de membros superiores e inferiores... Diante de tudo isso você ainda duvida que hoje somos cyborgs?
Se você quiser se aprofundar um pouco mais nessa discussão recomenda-se a leitura do livro Corpos Mutantes do prof Edvaldo Couto e profª Silvana Vilodre Goellner.
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